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domingo, 27 de maio de 2007

Metro de superfície em análise

Dentro de poucos anos, a Reboleira poderá vir a ter uma das maiores interfaces de transportes da Área Metropolitana de Lisboa. Já servida pelo comboio, a freguesia vai receber a terceira estação de metropolitano do concelho, através da ligação entre a Falagueira e a actual estação de comboios (num projecto cujo estudo de impacte ambiental já está em discussão), e pode vir a ser o local de onde partirá o metro ligeiro de superfície. Depois de o Governo ter anunciado, há vários anos, que este meio de transporte não poluente ligaria Algés (Oeiras) a Loures, passando pela Amadora e por Odivelas, tal projecto nunca passou das intenções. Porém,as câmaras da Amadora e Odivelas decidiram agora avançar. "O primeiro projecto era promovido pelo Governo através da CP,Metropolitano, Carris e das câmaras municipais. Mas não está previsto que avance nos próximos anos", lamenta Joaquim Raposo, presidente da Câmara da Amadora.

Por isso, Amadora e Odivelas já encomendaram um estudo a uma empresa externa, tendo em vista o apuramento do investimento necessário e o traçado ideal. Sem datas e orçamentos definidos, a grande novidade neste projecto passa pelas garantias de financiamento, na sua maior parte, por parte de empresas privadas. Uma dessas parcerias vem do Grupo Amorim, que está a construir, a norte do concelho, o centro comercial Dolce Vita Tejo. Por altura da apresentação à comunicação social da futura área comercial, os responsáveis apresentavam uma estação do metro de superfície no interior do centro como uma das mais-valias do empreendimento. De resto, esta participação é confirmada pelo edil. "O Dolce Vita Tejo é um dos promotores, bem como um outro promotor imobiliário do concelho de Odivelas", explica, referindo-se aos terrenos da COMETNA, em Famões, onde se vai desenvolver um empreendimento misto de habitação, actividades terciárias e um pólo tecnológico. "São dois motores a puxar", salienta. "Tivemos também a disponibilidade do metro de Madrid, para fazer uma parceria, e da Caixa Madrilena, para operar e financiar neste projecto", acrescenta. "Estamos a tratar do nosso concelho", justifica Joaquim Raposo.

Para o edil, este novo meio de transporte, não poluente, "não serve só para chegar de um ponto ao outro. É preciso que apanhe pessoas. Por isso, a ligação ao norte do concelho vai ser muito importante. É este metro que vai servir a Amadora", justifica. Daí que, no concelho, as freguesias da Reboleira, Falagueira, Mina, São Brás e Brandoa sejam pontos de paragem do futuro metro de superfície, cujas composições, semelhantes às que já circulam em Almada, terão capacidade para entre 120 a 240 passageiros.

Questionado sobre se as ruas do concelho estão preparadas para receber este tipo de transporte, Joaquim Raposo garante que não haverá problemas. "Há espaço canal porque este sistema vai ter prioridade sobre os veículos", justifica.

O futuro metro ligeiro de superfície vai "utilizar tecnologia que não existe em Portugal, e que mesmo no resto da Europa só existe em três países: um veículo híbrido, eléctrico, completamente não poluente, que tem a facilidade de um autocarro e a qualidade do metro", explicou Gabriel Oliveira, vereador responsável pelo pelouro dos transportes.O vereador adiantou ainda que a nova linha deverá ser posteriormente estendida ao concelho de Loures e poderá também fazer a ligação entre as linhas Azul e Amarela do Metropolitano de Lisboa, através das estações Amadora Este e Senhor Roubado, respectivamente.

Contactado pelo JR, o presidente da Câmara de Oeiras, uma das autarquias que iria beneficiar com o primeiro projecto do Governo, diz não estar preocupado com as intenções de Amadora e Odivelas. "Acho que fazem muito bem, porque nestes anos todos não se fez nada", explica Isaltino Morais. O edil vizinho defende o prolongamento do SATUO , que apenas funciona entre Paço de Arcos e o Oeiras Parque, como prioridade, "mas lá mais para o final do ano". "Quando a Câmara de Lisboa estiver em pleno exercício, vou reunir com Lisboa e Amadora para avançarmos com um projecto semelhante entre Algés, Buraca e Pontinha", acrescenta o autarca.

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Fonte: Jornal da Região, 22-05-2007

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